24 de outubro de 2013

Eletricidade animal!


Cada vez que se anuncia a descoberta de uma nova espécie de vertebrado me lembro do quão pouco sabemos sobre a vida na Terra, em especial quando é uma espécie com características extremamente peculiares, como os peixes elétricos. Estes animais possuem músculos esqueléticos modificados para gerar um campo elétrico, chamados de órgãos elétricos. As células dos órgãos elétricos são chamadas de eletrócitos e estão empilhadas em colunas. Em geral, são peixes que habitam águas turvas, onde a luz não penetra e os olhos são pouco funcionais. A geração do campo elétrico permite o atordoamento de presas, a exploracão do ambiente e até mesmo a comunicação. Mais do que ser uma nova espécie identificada, o trabalho científico indica que se trata de um novo gênero! Alguns dos gêneros conhecidos por suas descargas elétricas são Torpedo (raia elétrica), Malapterurus (bagre elétrico) e Electrophorus (poraquê sul-americana), que possui os choques mais potentes com descargas elétricas entre 500 e 600 V!!! Entretanto, a maioria dos peixes elétricos produzem descargas elétricas fracas.
Os ambientes aquáticos são abundantes em campos elétricos (todos os animais geram campos elétricos em decorrência do atividade muscular e nervosa), de forma que perceber a eletricidade é extremamente vantajoso. Os tubarões possuem um sentido elétrico bem desenvolvido, apesar de não produzirem descargas elétricas: detectam presas enterradas no fundo oceânico! O vídeo abaixo mostra diversos peixes elétricos fracos.



Bibliografia:

Moyes, C. D., Schulte, P. M., 2010. Princípios de fisiologia animal. 2a ed. Artmed, Porto Alegre. 756p.
Hill, R. W., Wyse, G. A., Anderson, M., 2012. Fisiologia animal. 2a ed. Artmed, Porto Alegre. 894p.

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